Saiba quais são os 8 principais aspectos do mini vôlei!

O voleibol é um dos esportes mais famosos e praticados no mundo todo. A maioria dos praticantes começa a treinar bem cedo, nas categorias básicas — infantojuvenil e juvenil. Mas isso somente é alcançado da forma adequada se os jovens passarem pelo treinamento correto do mini vôlei.

Podemos afirmar que quanto mais cedo uma criança tem contato direto com o esporte, mais chances de se motivar com a prática — e, consequentemente, de obter sucesso — ela terá. O voleibol exige uma vasta gama de reflexos motores e raciocínio rápido para formar uma jogada, tais como destreza, habilidade e esforço físico, já que é necessário ter velocidade e força. Tudo isso pode ser desenvolvido antes dos 14 anos, adaptando o esporte para a faixa etária a ser trabalhada.

Pensando nisso, neste artigo vamos apresentar 8 características do mini vôlei e por que ele é tão importante no desenvolvimento das crianças. Mas antes, vamos conhecer um pouco da sua história. Acompanhe a leitura!

A história do mini vôlei

Antes de adentrar na história do mini vôlei, é importante conhecer um breve resumo do surgimento do esporte que lhe deu origem, o voleibol. Esse último foi criado por William George Morgan, na cidade de Holyoke, no estado de Massachusetts, nos Estados Unidos, em 1895.

Houve inspiração no tênis — tanto no formato do campo quanto pela rede suspensa no meio da quadra, para evitar contato físico entre os jogadores. A sua intenção foi a de desenvolver um jogo menos exaustivo que o basquete para os associados mais velhos do clube chamado ACM.

Em uma conferência na unidade do clube localizada em Springfield, duas equipes demonstraram o esporte aos diretores de educação física do evento, o que os agradou. O nome em inglês — volleyball — surgiu pelo fato de que a bola precisava ser conservada no alto por constantes voleios sobre a rede.

O mini vôlei é uma derivação do voleibol, que foi criada pelo professor F. Mahlo, na Alemanha Oriental, no ano de 1961. Essa variação foi desenvolvida a partir de métodos científicos direcionados às atividades desenvolvidas para escolas infantis.

Seu objetivo foi o de minimizar as lacunas e problemas no ensino do esporte, pois auxilia nas funções de instrução e educação dos professores. Além disso, ele também foi criado como forma de dar suporte para o desenvolvimento de novas habilidades às crianças e ainda, servir como motivação e transferência positiva ao voleibol.

Mas foi somente no ano de 1975 que, finalmente, a Federação Internacional de Voleibol realizou um congresso esportivo na Suécia e, na oportunidade, desenvolveu métodos para iniciação do mini vôlei e suas regras.

Agora, que tal conhecer mais de perto os 8 principais aspectos do mini vôlei? Vamos em frente!

1. O que é o mini vôlei?

O mini vôlei é um método de ensino do voleibol convencional, moldado conforme a capacidade e o desenvolvimento de crianças de 8 a 14 anos, e o seu estágio de maturação correspondente. Ele estimula as crianças e fornece uma base para que ocorra uma passagem ao voleibol, algum tempo depois.

Como os indivíduos se encontram ainda em um período de desenvolvimento do corpo, das suas estruturas físicas e coordenação motora em processo de construção, o mini vôlei é adaptado a essas condições.

Dessa maneira, as regras e ações exigidas são menos complexas e mais simples. Isso é necessário para que as crianças consigam entender e assimilar o conteúdo e, assim, praticar o esporte de maneira fácil e natural, motivando os pequenos e fazendo com que eles tenham interesse no jogo.

2. Qual é a sua metodologia?

O mini vôlei tem como principal metodologia o aprendizado, que deve se dar conforme o decorrer do jogo e as suas manifestações. Assim, o treinador observa e corrige os movimentos das crianças e explica os seus fundamentos. Os principais aspectos do mini vôlei são:

  • as aulas podem ser recreativas;
  • é possível que muitos alunos participem simultaneamente;
  • as aulas podem ser mistas, ou seja, meninos e meninas juntos;
  • a rede e o tamanho da quadra são moldados conforme as características das crianças;
  • as bolas têm proporções menores e são menos pesadas do que as tradicionais;
  • os seus fundamentos são básicos e suas regras podem ser flexíveis;
  • a bola pode ficar em jogo por mais tempo.

Fases do mini vôlei e proposta metodológica

As fases desse esporte consistem em estratégias destinadas ao desenvolvimento do aluno para que ele amadureça, crie as coordenações motoras necessárias e se adapte às necessidades do voleibol.

Não basta a boa vontade do treinador para que as crianças consigam aprender e adquirir novas habilidades, faz-se necessário seguir uma metodologia específica e eficiente. A seguir listamos e explicamos como o treinador conseguirá ser produtivo nos seus ensinamentos.

Desenvolvimento do aluno

A primeira etapa é um período de iniciação, no qual o foco é a construção das capacidades motoras. Esse objetivo é conquistado ao adaptar ações complexas para situações simplificadas, fazendo com que jogadores consigam assimilar o conteúdo do jogo, imaginando como aconteceria em uma partida.

Uma criança aprende fazendo e brincando, portanto, explicações mais complexas podem confundi-las e fazer com que o ensino seja ainda mais dificultoso. Além disso, recomenda-se que o ambiente seja descontraído e com regras menos rígidas.

As sobrecargas físicas e mentais devem ser adaptadas às capacidades das crianças ali presentes. Quanto ao local, o mini vôlei pode ser adaptado a diferentes lugares, já que a quadra do jogo é menor.

Em relação ao material, nessa fase também é viável utilizar bolas diferentes do voleibol, já que o objetivo aqui é desenvolver capacidades motoras e motivar os acadêmicos a continuar evoluindo no esporte.

Técnica do jogo

Nessa fase, o treinador passará a ensinar os aspectos técnicos do jogo. Com o desenvolvimento anterior, a criança estará familiarizada com a bola, a quadra e a rede, bem como terá coordenação motora necessária para rebater onde deseja.

Gradativamente, o professor ensinará técnicas que garantem vantagens no esporte, como o toque, manchete e o saque. Após um certo treino, finalmente as regras do jogo devem ser explicadas e os times montados considerando:

  • jogos de 3 contra 3 ou 4 contra 4;
  • o tamanho da quadra e a altura da rede conforme o nível dos alunos;
  • balanceamento do time de forma que ambos tenham alunos de mesma altura, força e domínio técnico.

Durante o treinamento, é preciso ter bastante cuidado com o surgimento de vícios. Um aluno poderá, por exemplo, ter gestos posturais inadequados. Isso deve ser corrigido imediatamente, caso contrário, a criança poderá carregar o vício pelo restante de sua vida esportiva.

Lapidação do aluno

A lapidação é o período em que as atividades propostas pelo professor devem ser mais semelhantes com as situações do voleibol. Os fundamentos do esporte passam a ter um nível de exigência maior, bem como as atividades se tornam mais sofisticadas e rigorosas.

As estratégias e ações táticas têm maior importância, os movimentos passam a apresentar características mais específicas e, consequentemente, o esporte se torna mais competitivo entre os alunos.

Tudo isso permitirá que os acadêmicos tenham uma base forte para começar o voleibol com boa preparação física, coordenação em equipe e entendimento das estratégias de jogo.

3. Quais são os objetivos do mini vôlei?

Levando em conta tudo o que já apresentamos sobre as características do mini vôlei, podemos citar alguns outros intuitos da prática desse esporte, tais como:

  • desenvolver a estrutura física e o sistema motor dos seus praticantes;
  • ser uma ponte para a futura prática do voleibol tradicional;
  • incentivar a socialização e desenvolver relações sociais;
  • estimular o desenvolvimento dos aspectos técnicos do esporte.

Assim, o aluno tem uma preparação e aprendizado progressivos para que possa estar mais apto a praticar o voleibol tradicional. E, ao mesmo tempo, evita a inquietação e ansiedade, típicas dos jovens iniciantes.

4. Como é feita a constituição da equipe?

De maneira geral, essa competição é composta por duas equipes com 3 jogadores cada uma. Mas também é possível elaborar jogos com 2×2, 3×3 ou 4×4. Pode haver 3 substitutos de cada lado, sendo este também o número máximo de substituições permitidas.

5. Como devem ser a quadra, a rede e a bola?

Geralmente a quadra ou o campo mede 12 m x 5 m. Ela é dividida igualmente por uma rede, com 2 metros de altura. As linhas laterais que limitam a quadra devem ter 5 cm de largura, e a linha do centro deve ter 10 cm de largura.

A bola deve ser menor e mais leve, para que as crianças consigam manuseá-la e segurá-la facilmente. Porém, essas medidas podem ser variáveis, de acordo com as características das crianças, conforme já mencionado.

Como a quadra tem medidas menores, os pequenos carregam consigo uma menor responsabilidade sobre erros. Outro fato é que eles conseguem ter contato com a bola por mais tempo, ajudando no desenvolvimento das suas habilidades e estimulando-os e mantendo-os motivados.

6. Qual deve ser a posição dos jogadores?

Os jogadores ficam posicionados livremente dentro da quadra, mas segundo as suas funções: há um levantador e dois atacantes. Há um revezamento na posição.

Assim, o jogador que assume a posição número 1 é o responsável pelo saque. Depois disso, ele volta à sua posição na quadra.

7. Quais são as regras desse esporte?

O mini vôlei é um esporte coletivo que envolve duas equipes que jogam a bola sobre uma rede que fica no meio da quadra, dividindo as duas áreas. O objetivo de cada equipe é fazer com que a bola toque o chão da quadra do adversário e, ao mesmo tempo, evitar que ela caia no chão da sua própria quadra.

No decorrer do jogo e ao longo do aprendizado dos alunos, o professor poderá inserir novas táticas na execução de novos movimentos. Tudo isso levando em consideração a capacidade das crianças.

Assim, após o saque na área do adversário, a bola deve ser tocada com as mãos, os braços ou alguma parte do corpo, a fim de jogá-la novamente para o campo da outra equipe, passando por cima da rede.

Cada time só poderá tocar na bola, na sua área, por até três vezes antes de arremessá-la para o outro lado. A bola não pode ser tocada pelo mesmo jogador por duas vezes seguidas. Eles também não podem tocar a rede, apenas se for para defender o seu campo (bloqueio).

O jogo pode ser interrompido se a bola continuar no alto (bola morta) até o árbitro soar o apito. O técnico ou o capitão do time podem pedir dois intervalos com 30 segundos cada um.

O time marca ponto caso a bola caia na área do adversário. Por outro lado, caso a equipe se atrapalhe e deixe a bola cair no seu próprio campo, o time oposto marcará um ponto.

A equipe que marcar 30 pontos primeiro — desde que tenha 2 pontos de diferença em relação aos adversários —, vencerá a partida.

8. Quais são os principais benefícios da prática do mini vôlei?

Os benefícios da prática desse esporte abrangem os seguintes campos: plano físico, intelectual ou cognitivo e moral.

Desenvolve o sistema psicomotor, responsável por gerar a capacidade de destreza, de coordenação e de reação. Também ajuda no sistema reflexo, no controle sobre si e demais comportamentos sociais.

No plano afetivo, ajuda a evitar ou minimizar características como: agressividade, tensão, medo, nervosismo e outros aspectos que podem inibir o desenvolvimento sadio dos jovens.

As crianças aprendem brincando. Não há aquela pressão para obter ótimos rendimentos, igual à que existe no modelo de voleibol tradicional. Isso traz menos pressão mental e física.

Há grande facilidade no material que é exigido para a sua prática. Como o mini vôlei é flexível, ele pode se adaptar às variadas condições, como local da quadra, bola, jogadores etc.

Os jovens conseguem realizar a execução dos movimentos com facilidade. Isso proporciona motivação, maior entendimento das jogadas e interesse na aprendizagem.

Ajuda no fortalecimento do corpo e de suas estruturas, como ossos, músculos, tendões etc. Trabalha a inclusão e socialização de crianças e adolescentes de todas as classes sociais e colabora para o desenvolvimento de bases de caráter moral.

O jogo desenvolve a metodologia em grupo e une os fortes e os mais fracos, buscando o nivelamento e a aprendizagem dos iniciantes.

O mini vôlei é uma metodologia moderna e atual, que vem se mostrado muito positiva e eficiente no desenvolvimento de crianças. Como o esporte exige técnicas mais simples e um espaço menor, torna-se facilmente adaptável à realidade da maioria dos seus praticantes. Além de oferecer uma variedade de vantagens para as crianças, o mini vôlei também é um excelente método de introdução para o voleibol tradicional.

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