Conheça 22 principais características do mini handebol
O mini handebol é uma modalidade voltada para o público infantil. Nesse esporte existem algumas adaptações do handebol praticado pelos adultos, que fazem com que a atividade se torne mais simples e mais divertida para a criançada. Mas você pode estar se perguntando: como se joga handebol infantil?
Para essa modalidade existem modificações na bola que é utilizada em jogo, assim como mudanças no tamanho da quadra e de outras regras que deixam a atividade mais lúdica e descomplicada para as crianças. De uma forma resumida, essa modalidade é uma “simplificação” do esporte praticado por adultos.
Com essas variações nas regras é possível trabalhar o desenvolvimento motor infantil e a sociabilidade dos jovens atletas, dois aspectos fundamentais para o desenvolvimento e a qualidade de vida de um indivíduo.
A seguir, falaremos sobre como se joga handebol infantil e as 22 principais características do handebol para crianças, a fim de que você consiga entender e aplicar essa modalidade para seus alunos. Pronto para saber mais a respeito? Continue sua leitura até o final!
1. Não existem restrições quanto ao terreno
Normalmente, o mini handebol é praticado em quadras. Entretanto, o esporte pode acontecer em qualquer terreno que mantenha o tamanho padrão de 20 metros de comprimento e 13 metros de largura.
Lembrando que é imprescindível observar se o local apresenta segurança para a prática esportiva. A grama e a areia, por exemplo, são outros dois terrenos onde o mini handebol costuma ser praticado regularmente.
Não se esqueça de orientar sua turma quanto às medidas de segurança. Na grama, não é ideal jogar descalço. E quando o jogo é praticado na areia (como em praias), é recomendável a utilização de protetor solar para evitar queimaduras.
2. Uma partida dura apenas 28 minutos
Uma partida de mini handebol dura apenas 28 minutos, divididos em dois tempos de 14 minutos.
Dentro de cada tempo, existem dois períodos de 7 minutos. Entre cada um desses períodos há a inclusão de um pequeno intervalo de descanso de 2 minutos de duração. E entre cada tempo, é adicionado outro período de descanso que deve ter, pelo menos, 5 minutos.
A atividade é leve e faz com que a diversão seja o foco principal, o que é excelente para os mais novos, que ainda não estão em busca de competitividade.
3. Não existe placar
Acabamos de falar que a diversão está em primeiro lugar, certo? Pois bem, saiba que no mini handebol não há a utilização de um placar. A contagem de pontos fica por conta dos próprios praticantes.
Essa medida foi adotada para que o esporte seja realmente focado apenas no lazer, sem que haja um vencedor e um perdedor propriamente dito. A busca por melhores resultados fica por conta dos times que estão dentro da quadra!
4. Um árbitro ajuda a orientar a partida
Apesar de não existir placar, saiba que o mini-hand conta com um árbitro dentro da quadra para orientar a partida.
Todas as irregularidades que acontecerem — como uma falta, por exemplo — devem ser prontamente assinaladas pelo árbitro, que ajuda a ensinar mais sobre as regras do esporte e auxilia a brincadeira a se tornar segura e com um bom espírito esportivo.
No caso de dúvidas, o árbitro também é o responsável pelo esclarecimento.
5. A trave é mais baixa
A trave adequada para o mini handebol deve ter apenas 1,60 m de altura. Isso garante mais dinâmica no jogo e faz com que ele se torne ligeiramente desafiador, uma vez que com traves mais altas os pequenos goleiros são prejudicados.
Quanto à largura, ela permanece a mesma: o tamanho de 2,40 m ainda é o ideal para a prática dessa modalidade.
6. Existem duas categorias diferentes
No mini handebol existem duas categorias diferentes. A primeira delas é a que nós chamamos de “Mini A” e a segunda de “Mini B”.
Na primeira, estão alocados os praticantes que têm 6 e 7 anos de idade. E na segunda categoria, estão os jogadores entre 7 e 10 anos de idade.
Menores de 6 anos não estão dentro do esporte e maiores de 10 anos devem seguir para o handebol tradicional para praticar a atividade.
As regras das duas categorias também mudam sensivelmente.
7. A bola do mini-hand é especial
O mini handebol é jogado com uma bola especial. Ela é feita com um material mais macio, o que evita acidentes dentro da partida. A circunferência da bola deve ter de 44 a 48 centímetros. Normalmente, as bolas de circunferência maior são para a categoria B e as menores para a categoria A.
As da categoria A são chamadas de bola tamanho zero e da categoria B de bola tamanho um. Entretanto, essa não é uma regra absoluta. Uma mesma bola — que esteja dentro dessas características citadas — pode ser utilizada para ambas modalidades.
8. As modificações nas regras são pequenas
Ao longo deste texto nós citamos algumas vezes as variações nas regras, que são destinadas para os mais novos. Saiba que essas modificações são bem simples e também variam de acordo com a categoria do mini handebol.
Para a categoria A, por exemplo, é possível ter uma posse de bola de até 5 segundos. Entretanto, para a categoria B, esse tempo é diminuído para apenas 3 segundos — que é a mesma regra do handebol tradicional.
Como podemos observar, o mini handebol também serve como um “preparo” para as crianças que realmente gostam de praticar o esporte e desejam se tornar cada vez mais competitivas ao longo dos anos.
Inclusive, aqui fica uma excelente brecha para incluir alguns fundamentos do treinamento desportivo para a garotada que tem o sonho de se tornar atleta!
9. Só existem 5 jogadores em cada equipe
Diferente do handebol tradicional, no mini-hand só existem 5 jogadores de cada lado. Também não há a inclusão de reservas. Essas medidas também foram adotadas para facilitar a diversão e garantir que todos tenham o mesmo tempo para jogar. Afinal de contas, os mais novos nem sempre entendem o papel de um suplente, não é verdade?
Assim, antes do início do jogo, é importante que o árbitro receba uma relação com os nomes de sua equipe. Pode ser feito um revezamento no primeiro e segundo tempo das partidas com jogadores diferentes em cada período. Já no nos terceiro e quarto tempos o time poderá ser formado a critério de escolha do treinador.
10. A arbitragem é pedagógica
No mini handebol o árbitro assume a responsabilidade de apitar todas as irregularidades. No entanto, ao fazer isso, ele para o jogo e explica às crianças sobre as faltas cometidas. A intenção é que as crianças compreendam as regras do jogo e possam se desenvolver a partir disso. Para tornar o processo mais pedagógico, quando a criança tiver alguma dúvida, o árbitro também deverá esclarecer.
11. Todos podem atuar como goleiro
Uma peculiaridade do mini handebol é que todos podem atuar como goleiros, mas, para isso, devem trocar a camisa, que é de outra cor. Em cada tempo de jogo é importante ter um goleiro diferente, e todos os participantes devem atuar, de forma obrigatória, sete minutos em cada período da partida. Além disso, as equipes podem ser mistas, ou seja, podem ser formadas tanto por meninos quanto por meninas.
12. Tiro de meta deve ser executado pelo goleiro
O tiro de meta deve ser feito pelo goleiro da partida se o arremesso de bola de um oponente for feito ultrapassando a linha de fundo da quadra ou sair por cima do travessão superior da trave, mas, para isso, não deve ser tocada por nenhum dos jogadores de defesa, com exceção do próprio goleiro.
13. Tiro de saída é feito pelo árbitro
No mini handebol, após os times escolherem a quadra, o tiro de saída deverá ser feito pelo árbitro. Ele precisa lançar a bola para o alto, sendo que esse procedimento deverá ser feito sempre no início de cada jogo.
14. Reinício da partida é feito pelo goleiro
Sempre que um gol for marcado por uma das equipes, o reinício da partida deverá ser feito pelo goleiro pisando na linha de três metros. O goleiro pode passar a bola para um jogador do mesmo time, sem a necessidade de esperar o apito do árbitro.
15. Tiro de lateral
O tiro de lateral acontece quando a bola ultrapassar a linha lateral em um dos lados da quadra. O movimento passa a ser feito pela equipe adversária a do jogador que tenha tocado a bola por último.
Para fazer essa movimentação o jogador deve, de forma obrigatória, executar o tiro de lateral pisando na linha lateral com um ou dois pés, e todos os jogadores da equipe adversária devem estar, no mínimo, a 2 metros.
Caso a criança não pise na linha lateral, o árbitro deve orientá-la a fazer um novo tiro lateral, mantendo os dois pés na linha lateral.
16. Sistema de marcação é individual
O sistema de marcação deve ser feito de forma individual, seguindo os critérios de idade.
Para crianças entre 8 a 10 anos, a marcação individual pode ser feita em meia quadra ou em toda ela. Para a faixa etária de 11 a 12 anos, os sistemas de marcação devem ser aplicados de forma gradativa, sendo que a partir dos 13 anos o jovem começa a se preparar para a próxima fase, que é quando o jogador será encaminhado para a equipe de formação de atletas.
Se o time na faixa etária de 8 a 10 anos infringir as regras de sistema de marcação, terá como penalidade o pênalti.
17. Tiro livre não requer autorização do árbitro
Não é necessária a autorização do árbitro para o tiro livre. As faltas cometidas pelos jogadores entre a área de defesa e a linha de tiro livre devem ser feitas fora da linha descontinua, e os oponentes devem estar dentro da área de tiro livre.
18. Tempo técnico é didático
O tempo técnico das partidas de mini handebol é altamente didático, e serve para corrigir falhas e orientar as crianças. Para isso, cada treinador tem direito a solicitar um minuto de tempo técnico para cada período da partida.
Mas o árbitro somente vai autorizar o tempo técnico quando a bola estiver em posse da equipe solicitante.
19. Penalizações levam em consideração o comportamento do treinador
Como já adiantamos, no mini handebol as sanções têm caráter educativo. Sempre que um jogador for penalizado pelo árbitro, o mesmo deve esclarecer as regras. Da mesma forma, deve salientar as condutas antidesportivas, sempre no intuito de formar o novo atleta, orientando-o quanto ao correto desempenho esportivo.
As crianças poderão ser advertidas com repreensão oral ou expulsão. Devido ao caráter de formação de novos jogadores ser lúdico, o árbitro não deve, em nenhum dos casos, mostrar o cartão amarelo ou fazer o gesto da exclusão por dois minutos.
A posição deve ser de informar ao treinador do time e ao secretário que a criança está sendo penalizada. No caso de expulsão, o árbitro deverá solicitar a substituição do jogador para que o time permaneça com cinco componentes na quadra.
20. Comunicação deve ser não-violenta
Até aqui você já percebeu que o árbitro, assim como em uma partida de handebol de adultos, tem um papel fundamental de educar e socializar os jogadores. Mas a atenção ao vocabulário e à forma de abordar as crianças merece ainda mais atenção desse profissional.
Isso porque, como ele está lidando com jovens, a intenção é educar e incentivar a prática do esporte, estimulando o desenvolvimento cognitivo, motor e social da criança.
Assim, não é permitido que ele desqualifique a criança sob todos os aspectos, inclusive psicológicos, como no caso de expulsar um atleta de forma grosseira. Daí a importância de reportar o comportamento do jovem para o secretário ou técnico.
Em caso de condutas antidesportivas, o árbitro deve comunicar ao treinador e solicitar que ele faça a substituição do atleta que cometeu a infração. Isso pode depender da gravidade, sendo o jogador afastado por dois minutos ou definitivamente do jogo.
21. Penalidades com pênaltis
Será punida com pênaltis a equipe cujo treinador que cometer atitudes antidesportivas, tais como usar de vocabulário impróprio com grosserias e palavrões.
Nos outros casos, quando ocorrer a penalização com um pênalti, o treinador é quem determina quem executará o referido tiro.
22. A lista de benefícios é bem longa
Por fim, saiba que o mini handebol tem uma longa lista de benefícios. Desde a diminuição da ociosidade dos mais jovens até o aumento da coordenação motora e da capacidade física, existem excelentes mudanças que podem ocorrer no estilo de vida dos praticantes.
O gradual aumento da dificuldade e a inclusão também ajudam a incentivar o espírito esportivo, o que colabora para fundamentar alguns valores importantes para o desenvolvimento pessoal.
Quanto mais cedo o esporte for introduzido na população, menores são os riscos de doenças crônicas e de outras condições médicas que podem ser prevenidas com uma atividade física regular.
Cabe principalmente aos profissionais de educação física conscientizar a população dos riscos do sedentarismo e dos benefícios do esporte, que, de certo modo, é essencial para cada um de nós.
Também não devemos deixar de mencionar que os professores devem estar atualizados com as novas tendências da profissão, que está em constante mudança.
Como vimos ao longo desta leitura, aprender como se joga handebol infantil tem suas particularidades se comparado ao esporte dos adultos, mas as regras são altamente inclusivas, favorecem a capacidade motora e cognitiva da criança, além de contribuírem para a evolução dos jovens no esporte.
Se você gostou deste artigo sobre como jogar handebol infantil, entre em contato conosco para saber mais sobre nossos cursos na área de formação de treinadores!
Qual o tempo máximo de posse de bola que o jogador pode permanecer com a bola em mãos ?
Olá Adriana, tudo bem?
O jogador só pode dar três passos com a bola na mão e não poderá ficar mais de três segundos com a bola na mão. Após quicar a bola e segurá-la, o jogador não poderá mais quicá-la. O jogador não poderá devolver a bola voluntariamente para o seu goleiro, estando este em sua área de gol.
Pora meno!
Pora Neymar!
Pora Neymar!
Preciso de um maior esclarecimento em relação ao tiro de saída no mini… Minha pergunta é: Na execução do tiro pelo árbitro, “NA DISPUTA” pela bola o atleta pode reter a bola e sair driblando. Pois se é disputa, não deveria reter a bola, pois se pode fazer isso… colocaria meu maior atleta para essa disputa, o que seria totalmente fora do propósito desta categoria.