Treinamento de basquete: as estratégias para chegar ao título
Perseguir a glória é uma das grandes razões do esporte. No basquete não é nada diferente. Ao longo do tempo, assistimos dinastias sendo criadas no basquete mundial, seja nas seleções, como o Dream Team e a heroica Seleção Brasileira dos anos 80, ou mesmo na NBA, com os Celtics, Bulls, Lakers e Spurs.
Todas essas dinastias se baseavam em uma coisa: títulos. Claro, eles tinham talentos inigualáveis, jogadores únicos que ficarão para a história. No entanto, a montagem de uma equipe até o título é um processo complexo, cheio de detalhes que precisam ser analisados. Mas o trabalho vale a pena, e esse é o discurso dos grandes campeões.
Por isso, a seguir vamos explorar um pouco mais sobre o treinamento de basquete para quem quer se tornar um campeão, seja lá em qual nível. O jogo é o mesmo.
Vamos nessa?
Nós vamos nos basear em cinco pilares principais que serão estratégias para serem aplicadas nos treinamentos. Seguindo esse formato, você terá uma equipe preparada para lutar por um título. Boa leitura!
1. Pré-temporada
A conquista de um título começa na pré-temporada, ou intertemporada. É nesse período que jogadores evoluem, desenvolvem melhor suas técnicas, seja aprimorando um movimento ou melhorando o arremesso. Também é o período ideal para preparar o corpo para o que vem pela frente.
Na pré-temporada, o impacto físico é essencial. A princípio, o foco é o condicionamento cardiovascular, e se faz necessário um breve período com corridas contínuas num ritmo regular, entre 20 e 30 minutos. Elas criam a base de sustentação do preparo físico.
Ao mesmo tempo, o atleta pode ministrar um treino de musculação específico, com foco nos grupos musculares inferiores e abdominais, primordiais no basquete.
Depois, será hora de estimular o anaeróbio de cada um. Os treinos precisam ser mais semelhantes aos jogos. Os cenários do basquete quase sempre pedem mudanças rápidas de direção, tiros curtos e explosão. Portanto, os intervalados dinâmicos intensos desde o aquecimento até os treinos com bola são ótimos.
Com o corpo já ativo e pronto para prosseguir, a pré-temporada está finalizada. Vale lembrar que esse período pode ser adaptado para o tempo disponível até a competição. Planeje com cautela para que tudo seja bem feito.
2. Trabalho em equipe
O valor do trabalho em equipe é imprescindível no basquete. Phil Jackson, técnico que guiou times para 11 títulos na NBA, disse o seguinte: uma equipe sempre vencerá um grupo de indivíduos. Ou seja, criar química e entrosamento entre seus jogadores é uma lição essencial para um título.
Crie atividades lúdicas e situações que instiguem esse comportamento. Joguinhos que trabalhem a liderança, a dependência de um com o outro, e experimente as primeiras situações com bola. Usar um tempo da preparação para criar esses laços fará a diferença mais na frente.
3. Trabalhos específicos
Em sua primeira temporada no comando do Golden State Warriors, Steve Kerr passou uma semana inteira da pré-temporada treinando passes. Só passes. Quem revelou isso foi Klay Thompson, um dos jogadores da equipe. Isso revela o valor que os melhores dão aos atributos específicos do jogo, como o passe, o rebote, o drible, o arremesso etc.
Neste ponto, colocar sua equipe para treinar cada uma dessas habilidades é importantíssimo. Um jogador com os fundamentos do jogo bem trabalhados é muito mais capaz de entender e aplicar uma movimentação tática, executando com primazia.
Trabalhe os passes e suas variações, passes curtos, longos, de peito, quicados, entre outros. Nos dribles, a troca rápida de direção é essencial. Estimula a musculatura e a deixa esperta para quando isso for executado no jogo, já que as células musculares já memorizaram a velocidade com que os movimentos são executados.
Arremessos, então, a rodo. Abuse das diversas posições: lance livre, curta distância, média distância, longa distância e da linha dos três pontos. Indique a pluralidade nos locais, sempre variando entre os cotovelos e as laterais (zona morta) do garrafão e assim por diante.
E não invente, coloque os jogadores para trabalhar nas suas preferências, seja um chutador de três ou um pivô com menor capacidade.
4. Situações de jogo
A partir daqui, já é possível dar a cara ao seu time. Com todas as informações e a intuição sobre as características dos seus jogadores e dos conjuntos que estarão em quadra (os cinco titulares e as variações), é preciso incentivar movimentos específicos e definir seu plano de jogo.
Primeiro, faça perguntas:
Como é o seu time? É um time alto e forte? Ou é mais rápido? Você tem bons arremessadores ou infiltradores? É melhor utilizar um ataque mais cadenciado e usar o relógio ou atacar mais rápido? Como serão as transições? E as saídas do fundo da quadra e laterais? Qual será a estratégia defensiva: zona ou individual?
Resolvido isso, coloque em prática em situações de jogo. Explore as transições e o contra-ataque de forma a fortalecer sua ideia tática. Treine o contra-ataque, uma das principais armas do basquete atualmente. Depois, crie situações de 1 contra 1 e 3 contra 3 antes de partir para o treino coletivo.
5. Treino coletivo
Depois de todo trabalho, especialmente antes do fim dos treinos, é importante ir adequando toda sua filosofia no jogo em sim. Separe as equipes e use a quadra inteira para ver como o time se sai e faça todas as correções possíveis.
O coletivo é uma prévia do resultado final. Nesse ponto, é preciso cobrar intensidade real, igual ao ritmo do jogo, sem que ninguém se poupe. Ajuste o posicionamento, enriqueça o time com variações e possibilidades de jogadas.
Enfim, é hora de ver tudo posto em prática: pré-temporada (condição física), trabalho em equipe (voluntariedade, esforço coletivo), específicos (porcentagem de acertos e turnovers) e situações de jogo (resultados de 1 contra 1, jogadas ensaiadas).
O treinamento de basquete, como em qualquer outro esporte, é onde o título é ganho de fato. Com um treinamento bem feito, o jogo fica mais fácil. Ao explorar esses cinco princípios listados, um time está preparado para vencer.
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