Conheça os tipos de lesões musculares mais comuns em atletas e como diferenciá-las

Durante a execução da prática esportiva é muito comum ocorrer eventuais situações como lesões musculares entre os atletas. De modo geral, as causas para o surgimento são variadas e incluem fraqueza dos músculos, tendões e ligamentos, métodos de treinamento inadequados e falhas estruturais que forçam certas partes do corpo em detrimento de outras. 

Como existem diversos tipos e intensidades de lesões musculares, é extremamente importante saber diferenciá-las. Afinal, cada uma delas apresenta origens diferentes, assim como demanda tratamentos específicos e cuidados direcionados.

Pensando nisso, apresentaremos neste artigo os principais tipos de lesões musculares em atletas, ressaltando a importância de saber diferenciá-las. Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto!

Quais são as principais lesões musculares em atletas?

Os longos períodos de afastamento do esporte, as reincidências de lesões anteriores, a perda de rendimento esportivo e o mau preparo para a prática de exercícios físicos são algumas das diversas possibilidades para o surgimento dessas lesões.

A seguir, confira os tipos de lesões mais comuns entre os atletas!

Entorse

A entorse é a lesão mais frequente da prática esportiva, sobretudo as que acontecem no tornozelo (tibiotársicas) e no joelho. É provocada por uma intensa distensão dos ligamentos e das estruturas restantes que garantem a estabilidade da articulação. Ou seja, acontece quando o movimento de uma articulação ultrapassa a amplitude normal do movimento, ocasionando um deslocamento súbito articular. 

Origina-se por movimentos bruscos, traumatismos, má colocação do pé ou pelo simples fato de tropeçar, que acaba forçando a articulação de uma forma com a qual ela não está habilitada.

Contusão

A contusão é resultado de um forte impacto em qualquer área do corpo, que pode causar lesão nos tecidos moles da superfície, nos músculos, nos tendões ou nos ligamentos articulares. Em determinadas circunstâncias, a lesão é profunda, tornando mais difícil determinar sua dimensão. Porém, a maioria não é grave e pode ser tratada com descanso, aplicação de gelo, compressas e elevação do local machucado.

É importante destacar que essa lesão aparece como uma equimose — sangue aglomerado ao redor do local lesionado que marca a pele.

Cãibra

Trata-se de uma contração muscular parcialmente involuntária que acontece por conta de atividades físicas muito intensas, causando o desequilíbrio hidroeletrolítico do local dolorido. Ou seja, é normal surgir cãibra durante ou após a prática de exercícios, como um sinal de que é necessário repor os níveis de água e sais minerais.

Outro motivo de ocorrer a cãibra é o acúmulo de ácido láctico no tecido, devido à degradação da glicose na falta de oxigênio no músculo. Apesar da dor intensa, esse tipo de lesão não afeta a integridade muscular do atleta, já que envolve apenas a contração e não a estrutura das fibras.

Luxação

A luxação é a separação das partes ósseas de uma articulação ou a perda completa da superfície de contato entre os ossos que constituem uma articulação. Acontece devido a quedas e impactos bruscos que empurram o osso para uma posição anormal. É um trauma bastante doloroso e requer atendimento médico imediato para voltar a colocar o osso no lugar.

Tendinite

Consiste na inflamação do tendão (tecido que liga o músculo ao osso) que surge, na maioria das vezes, como consequência do excesso de movimentos repetidos nessas estruturas, conhecidos como LER — Lesão por Esforço Repetitivo.

Os jogadores profissionais de tênis, golfe e nadadores estão mais propensos a tendinites nos braços e ombros. Em contrapartida, atletas de basquete, futebol, corredores e ginastas têm predisposição para sofrer de tendinites nas pernas e nos pés. Quando não tratada devidamente, pode se tornar uma condição crônica e comprometer a qualidade de vida do atleta, por causa das dores e da limitação de movimentos. 

Distensão muscular

Também conhecida como estiramento, a distensão muscular é uma lesão resultante de um esforço excessivo realizado pelo músculo em questão, como é o caso de corridas mais intensas ou ‘arrancadas’ no futebol, por exemplo. Ela pode ser uma pequena ruptura de fibras musculares ou o rompimento parcial ou completo do tecido fibroso do músculo.

Como diferenciá-las?

Existem diferentes variáveis que influenciam o tipo, o tamanho e a gravidade da lesão, por exemplo as características dos grupos musculares, os tipos de exercícios físicos praticados e o perfil corporal da pessoa. Esses aspectos fazem com que as lesões sejam diferentes umas das outras.

As lesões musculares são classificadas basicamente em seis modalidades específicas:

  • diretas: resultantes dos casos de impacto, geradas durante as quedas ou traumatismos de contato;
  • indiretas: acontecem na inexistência de contato e são vistas em modalidades esportivas que exigem maior capacidade para realizar os movimentos;
  • traumáticas: contusões, lacerações e distensão muscular;
  • atraumáticas: cãibras e dor muscular tardia;
  • parciais: afetam parte do músculo;
  • totais: envolvem todo o músculo e causam deformidade aparente, como assimetria e perda da movimentação ativa.

Já com relação à dor, as lesões se dividem entre leves, moderadas e graves, a partir dos seguintes fatores clínicos:

  • leve: dor no local lesionado e intensificada por um movimento específico. Não é palpável e não há incapacidade funcional;
  • moderada: dor aguda, potencializada também por um movimento específico. Porém, a sensação de pressão é seguida de dor e há incapacidade funcional;
  • grave: dor severa acentuada por um movimento específico, acompanhada de incapacidade funcional. A lesão é percebida ao tocar, sendo necessário reabilitação constante. 

Quais são os esportes que mais causam lesões?

De modo geral, podemos dizer que as lesões provenientes de esportes de contato, onde a competição envolve contato físico entre os jogadores, como futebol, basquete e handebol, são distintas das causadas por outras categorias praticadas individualmente, pois o contato físico aumenta o risco. Entre elas, as mais frequentes são entorses, também chamadas de torções, contusões, distensões, estiramentos e contraturas musculares.

O futebol é o esporte mais praticado em todo o país e, consequentemente, o que mais causa lesões musculares, sendo a torção de tornozelo e a ruptura de ligamento suas principais. Já a prática de corrida é a principal causa das fraturas ósseas, assim como as artes marciais que, além das fraturas, também provocam contusão.

Para reduzir esses tipos de lesões musculares, é fundamental realizar o alongamento e o fortalecimento muscular, antes e depois dos exercícios. Além disso, conte com o auxílio de profissionais quando for realizar a atividade e busque orientação médica quando surgir qualquer incômodo. 

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