Dores crônicas: o desafio do educador físico na recuperação de um atleta

As dores crônicas são um desafio tanto para os atletas quanto para os educadores físicos. Essa doença pode surgir de diversos fatores, inclusive genéticos, mas no esporte é decorrente dos grandes esforços repetitivos em busca da excelência e de melhores resultados.

Se ignoradas, as dores crônicas podem se tornar uma doença debilitante, com graves consequências não só para o físico do atleta, mas também para o seu psicológico.

Ao longo desta leitura você vai saber mais sobre os desafios do educador físico na recuperação de um competidor com dores crônicas. Acompanhe!

O que é a dor crônica?

A Sociedade Brasileira de Estudos da Dor (Sbed) considera dor crônica aquela que persiste por mais de três meses. Essa enfermidade surge no atleta por várias razões, sendo a mais comum por grandes esforços diante de vários estímulos decorrentes dos treinos de alta intensidade.

Alguns atletas suportam melhor a dor, mas isso vai variar de indivíduo para indivíduo, e também está relacionado ao estado psicológico da pessoa.

No esporte, superar a dor pode significar perder ou ganhar. Por isso, geralmente os treinos buscam o limite físico do atleta. O profissional de educação física direciona os trabalhos para que o profissional do esporte possa suportar os desgastes físicos em vários contextos, e isso vai ser decisivo para ele chegar ao resultado desejado.

No entanto, quantidade de dor não significa alto rendimento, e é dever do educador físico estar atento aos sinais físicos e psicológicos apresentados pelo atleta.

Complicações

Dores intensas e constantes podem acarretar o desenvolvimento de depressão, deficiências psicomotoras, lembranças e sensações de perda que, muitas vezes, guardam pouca relação com o quadro doloroso, mas que devem ser observadas com atenção.

Nesse cenário, o acompanhamento do educador físico é essencial para afastar essas ameaças à saúde psíquica do atleta e também de sua condição física.

Por que as dores crônicas acontecem?

As dores crônicas podem acontecer em atletas e, infelizmente, podem ser comuns, principalmente devido à intensidade dos exercícios. Daí a grande importância de as atividades serem acompanhadas de perto pelo educador físico, a fim de se evitar atividades com posturas erradas, que possam comprometer os membros e potencializar a dor, principalmente com o tempo e a repetição dos exercícios.

Na região que sofreu a lesão um grupo de neurônios transmite impulsos elétricos para o córtex cerebral, área responsável pela cognição. A partir disso, o impulso será percebido, localizado e interpretado pelo cérebro.

Esse circuito funciona em frações de segundo e é complexo, composto por fibras nervosas que conduzem o sinal da dor.

Fatores de risco das dores crônicas

  • Idade: embora qualquer indivíduo possa apresentar dor crônica, essa condição é mais comum em atletas com menos de 30 anos. Isso devido ao maior tempo e exposição a exercícios repetitivos;
  • overtraining: aumento do volume e intensidade do treino;
  • tipo de exercício: exercícios que envolvam corrida e andar rápido aumentam as chances de lesões e, consequentemente, dores crônicas;
  • drogas: o suplemento de creatina e/ou tomar esteroides anabolizantes pode aumentar o risco para o desenvolvimento da doença.

Como a atuação e acompanhamento de um educador físico pode evitar esse tipo de dor?

O educador físico tem papel fundamental diante da rotina desafiadora de um atleta. Uma das suas principais missões é evitar as lesões e também ajudar na recuperação do competidor.

Nesse cenário, o profissional de educação física pode ajudar na recuperação do atleta mantendo uma rotina de alongamentos e fortalecimento da musculatura.

Outra medida é supervisionar os períodos de descanso e instruir a procura de um nutricionista, pois a boa alimentação também é importante para a recuperação do atleta e para prevenir a dor aguda.

O acompanhamento de um fisioterapeuta também pode ser necessário para potencializar casos de recuperação de lesões que provocam as dores crônicas, sendo fator fundamental para o total reestabelecimento do atleta às suas atividades.

As queixas de dores não devem ser ignoradas, já que podem afastar de forma definitiva o profissional do esporte.

Quais as vantagens do treinamento funcional para evitar a dor crônica?

O treinamento funcional é uma das modalidades de atividades físicas mais procuradas por quem deseja se recuperar de lesões.

Também existem aquelas pessoas que procuram a técnica como um das alternativas para emagrecer e ter um corpo bem definido, além daqueles que desejam conquistar resultados competitivos no esporte.

Mas a prática de atividades físicas aleatórias sem um acompanhamento inicial pode levar a lesões que, inevitavelmente, terão como consequências as dores crônicas ou o agravamento das condições preexistentes.

Nesse contexto, o treinamento funcional pode ser trabalhado na reabilitação neuromuscular, proporcionando uma adaptação de exercícios conforme as necessidades de cada aluno.

Essa prática previne novas lesões ao fortalecer regiões sensíveis, além de manter ativas as musculaturas antes inibidas. Assim, o profissional de educação física deve devolver o equilíbrio para que o atleta possa voltar à sua condição física plena.

Veja a seguir os benefícios do treinamento funcional!

Atendimento personalizado

Com o treinamento funcional, o educador físico vai atender uma quantidade pequena de pessoas e, com isso, pode dar mais atenção às necessidades individuais, além de desenvolver atividades diferentes de acordo com cada atleta.

Protocolo de anamnese

Ao optar pelo treinamento funcional, o profissional de educação física vai avaliar a capacidade do seu aluno, assim como encontrar a origem das dores crônicas. Com isso, pode identificar a necessidade de encaminhar o atleta para especialistas, como o fisioterapeuta e ortopedista, a fim de melhorar o planejamento de exercícios adequados.

Autonomia do aluno

Como o profissional de educação física já conhece a necessidade do aluno, isso ajuda a tornar mais ágil e eficiente o treinamento, ao mesmo tempo em que diminui o risco de Lesão por Esforço Repetitivo (LER).

Como vimos ao longo desta leitura, as dores crônicas são fatores importantes a serem observados, e o profissional de educação física tem papel fundamental para prevenir, orientar e ajudar na recuperação muscular do atleta.

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