Jogar sem a bola: por que é importante e como promover esse treinamento?

A ideia de jogar sem a bola começou em 2008, quando Guardiola, técnico do Barcelona, apostou nesta estratégia. Não deu outra: o Barça passou a dominar o adversário e teve ainda mais destaque nos campeonatos. Jogar sem a bola foi a evolução do futebol, pois todos viram que essa ideia era genial e levava os times ao sucesso.

Mediante isso, vamos explicar por que é importante que as equipes aprendam a jogar sem a bola e como você, educador físico, pode oferecer esse tipo de treinamento aos seus alunos. Entenda, agora mesmo, o que significa jogar sem a bola e por que é tão importante ensinar essa tática para as equipes.

Acompanhe!

O que significa jogar sem a bola?

Jogar sem a bola nada mais é que incentivar os jogadores a serem mais agressivos em campo e reagir com mais vontade assim que o time perder a bola. Em vez de ficar na defensiva, essa tática propõe outro estilo de jogo bem mais interessante: recuperar a posse de bola para não deixar o adversário criar jogadas.

Na Seleção Brasileira, o resultado foi muito bom, especialmente para Neymar, que passou a ter mais chances de gol. Como o atacante do Barcelona já estava habituado a jogar sem a bola, ficou fácil para ele dominar a partida. O desempenho de Neymar serviu de estímulo para os outros jogadores, que passaram a acreditar mais nessas jogadas sem a bola.

Na ocasião, esse novo estilo foi uma novidade para o futebol brasileiro, já que essa ideia surgiu na Europa. Tanto que Cléber Xavier, que era auxiliar técnico de Tite na época, explicou o segredo dessa tática: “esse modelo precisa seguir a estratégia do “perde e pressiona, e sustentar a marcação em cima, mais acirrada”, afirmou ele.

Por que esse estilo pode ser uma boa estratégia?

Assim como no futebol europeu, essa estratégia conquistou a preferência dos treinadores brasileiros de grandes times do país. No Brasil, um dos times que mais tiveram sucesso com a implantação desse modelo foi o Corinthians, que chegou ao heptacampeonato do brasileirão série A, em 2017.

Com essa mudança de tática na ocasião, a equipe corintiana teve melhores resultados em jogos importantes e decisivos. Assim, o Timão conseguiu vitórias contra grandes equipes, como Palmeiras e São Paulo, que também exploram a posse de bola e o domínio do meio de campo.

Por isso, quem atua como treinador de futebol, tanto profissional como amador, deve apostar nesse tipo de estratégia, pois isso ajuda a equipe a dominar a partida e construir mais jogadas para chegar ao gol. Tecnicamente falando, é importante treinar bem os jogadores, mesmo sem a bola, para que eles tenham mais agressividade na marcação e dominar o jogo.

Vale destacar, porém, que o fato de os grandes times alcançarem sucesso com esse novo modelo não significa que não valorizem a posse de bola. Pelo contrário, a ideia é dominar a partida o maior tempo possível para abrir o placar e se manter firme nas estratégias.

Rogério Ceni, Levir Culpi e Cuca também defendem essa ideia de que a marcação mais forte ajuda a melhorar o aproveitamento em campo. Afinal, quem está com a posse de bola por mais tempo terá muito mais chances de descobrir o melhor caminho para chegar ao gol e construir a vitória.

Quais os aspectos positivos de jogar sem a bola?

Outro ponto que merece destaque nesse estilo de jogar sem a bola é que os jogadores conseguem melhorar a coordenação dos movimentos. Isso acontece com mais facilidade por que, sem a bola, o foco é a marcação mais acirrada. O sucesso dessa estratégia é a motivação para os atletas jogarem melhor a cada dia.

Em vez de apenas observar o adversário criar jogadas, o time se movimenta mais e marca em cima para conseguir a posse de bola. Marcar com mais vontade também tem um aspecto psicológico: inibe o oponente e o força a mudar de estratégia. Contudo, enquanto o jogador decide o que fará com a bola, ele corre o risco de perdê-la para o adversário.

Além do mais, várias jogadas exigem coordenação e movimentação que podem ser treinadas, inclusive, sem a bola. O drible, por exemplo, resulta da utilização de movimentos rápidos e básicos, mas sem a bola. Ou seja, treinar o jogo dessa forma é a chave para o desenvolvimento de jogadas e de novas estratégias em campo.

Como promover esses treinamentos nas aulas?

O primeiro aspecto é ensinar aos seus alunos que é preciso aprender a importância de trabalhar em equipe. No futebol, se fosse para um jogador resolver tudo sozinho, o esporte seria individual e não coletivo com 11 jogadores em cada equipe, certo? Isso ajuda a compreender melhor por que é tão essencial motivar o trabalho coletivo para atingir as metas.

É claro que ter talento e habilidade com os pés faz toda a diferença em uma equipe, mas isso não justifica prender a bola e querer jogar sozinho. Nessa estratégia de jogo sem a bola, a união da equipe é fundamental para conseguir dominar a área onde a bola está. Unidos em um mesmo ideal, é mais fácil manter o espírito de coletividade e de apoio mútuo.

Nesse sentido, o professor deve abordar a importância de jogar motivado e de ajudar o colega na recuperação da bola. Por isso, fazer cursos de futebol para adquirir conhecimentos sobre tática, movimentação sem a bola e posicionamento é essencial ao educador físico que almeja se destacar no mercado.

Vale ressaltar, também, que o professor precisa saber usar metodologias para tornar a aula atrativa. Tão importante quanto aprender a jogar futebol é conseguir se divertir durante as aulas. Manter um modelo de aula atrativo e interessante é a melhor forma de motivar seus alunos ao aprendizado.

Por fim, pode-se concluir que esse novo modelo de jogo exige também novas posturas e ensinamentos durante as aulas. Jogar sem a bola é uma estratégia que ajuda a trabalhar jogadas rápidas e eficientes. Também, melhora o desempenho dos atletas e contribui para um jogo mais disputado e com mais chances de gols.

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