Avaliação física: saiba quais são os tipos de dobras cutâneas

Ao começar novas atividades físicas, todas as pessoas devem passar por uma avaliação com o educador físico responsável. Essa medida é essencial para garantir uma boa evolução nos exercícios, alcançando os objetivos pretendidos e levando saúde e qualidade de vida para a pessoa. Uma das principais técnicas utilizadas é a avaliação dos tipos de dobras cutâneas.

Além dessa prática, existem outras que consideram outros aspectos do corpo, já que a análise deve ser feita de forma global e considerando uma série de questões importantes para o indivíduo (postura, força muscular, capacidade cardiorrespiratória, flexibilidade, entre outros).

Continue lendo e saiba mais sobre os principais tipos de dobras cutâneas e tire suas dúvidas sobre o assunto!

O que são as dobras cutâneas no nosso corpo?

A dobra cutânea é uma porção de pele, com gordura corporal por baixo, formada quando são unidas duas camadas de uma região do corpo. Assim, educadores físicos podem medir a quantidade de gordura corporal de uma pessoa ao verificar a espessura dessas camadas de pele.

É um método importante para mensurar percentuais de gordura corporal, a fim de identificar as necessidades de atividades físicas daqueles que estejam começando a prática de exercícios agora, estabelecendo metas e buscando meios para alcançá-las.

Essa avaliação é realizada por meio de um adipômetro, que ao ser colocado nos locais indicados, faz a mensuração das dobras. A partir dos dados oferecidos, pode-se fazer o cálculo do percentual de gordura total.

Isso é importante pois há estabelecido em pesquisas uma média de percentual considerada saudável. Acima desse valor, já é necessária uma atenção redobrada. A média é de 20% para mulheres e 14% para os homens.

Quais são os principais tipos?

Não são analisadas todas as dobras cutâneas da pessoa, sendo escolhidas algumas das principais para a realização do cálculo, de acordo com a metodologia escolhida. As principais são:

Axilar média

É medida de forma oblíqua ao eixo longitudinal. O braço da pessoa avaliada deve estar direcionado para trás. O adipômetro deve ser posicionado entre o apêndice xifoide do esterno e a linha axilar média.

Abdominal

O adipômetro deve ser posicionado 2 centímetros à direita do umbigo.

Bicipital

Sua medição deve ser realizada na linha média anterior do braço e superior ao músculo principal do bíceps.

Coxa

É preciso que a pessoa avaliada desloque a perna para frente, colocando o peso sobre a perna oposta. É medida de forma paralela ao eixo longitudinal.

Suprailíaca

É medida na lateral do abdômen, 1 centímetro sobre a crista ilíaca anterior superior.

Qual é a importância da avaliação para prática de atividades?

A avaliação física é fundamental para o trabalho do educador físico, nas mais diferentes atividades, seja no ambiente de academia (para trabalho de musculação e atividades aeróbicas), seja no treinamento para esportes, entre outros.

Veja algumas das razões pelas quais ela necessita ser realizada antes de começar a prática de atividades físicas.

Saber a real condição do corpo

Diferentes tipos de pessoas começam as práticas de atividades físicas, em diferentes momentos das suas vidas. Isso faz com que seja necessário avaliar caso a caso, para compreender quais as condições musculares e articulares de cada pessoa.

Por exemplo, alguns podem ter passado anos sendo sedentários e terem uma fraqueza muscular maior. Outros podem ter uma prática recorrente de atividades leves (como caminhadas) e permitir exercícios diferentes.

Para saber como trabalhar essas situações, é necessário ter um ponto de partida. E isso significa saber qual é a condição atual daquele organismo.

Indicação dos melhores exercícios para a situação da pessoa

A avaliação física permite conhecer quais são as peculiaridades do corpo de cada pessoa e, consequentemente, indicar os melhores exercícios para a situação dela.

Pense no seguinte caso: a pessoa entra para academia, pensando em começar a prática de musculação. Porém, nos testes apresentados, percebe-se que ela tem dores recorrentes no joelho e uma limitação de flexibilidade, o que pode ser um indicativo de uma lesão com encurtamento de ligamento.

Nessas situações, os exercícios devem ser adaptados para auxiliar no fortalecimento muscular, bem como os alongamentos necessários para desenvolver a flexibilidade na região sem causar estresse exacerbado no ligamento. Isso é possível graças a uma avaliação física bem-feita previamente.

Caso não tivesse sido elaborada, os riscos de lesões, sejam elas pontuais ou crônicas, aumentam exponencialmente. Também é essencial para indicar as melhores práticas de recuperação muscular pós-treino, caso a caso.

Detectar as correções que necessitam ser feitas

Muitas vezes há necessidade de correções importantes para que o corpo se mantenha harmônico e funcional. É o caso, por exemplo, de pessoas que têm problemas de postura corporal.

Na avaliação, é possível o profissional verificar essa questão e, por meio de exercícios próprios, fortalecer região do core e ombros, a fim de auxiliar na sustentação do corpo e garantir a correção postural.

Também pode-se perceber questões comuns, como desarmonia corporal. É normal que, por exemplo, pessoas tenham medidas diferentes entre membros de lados opostos. Porém, em alguns casos, a discrepância é gritante, o que causa uma desarmonia estética. Por meio da avaliação, é possível identificar isso e trabalhar exercícios que reduzam esse problema.

Acompanhar a evolução dos treinos

Não é apenas no início da prática de atividades físicas que a avaliação é importante. Ela é um instrumento necessário para acompanhar a evolução dos treinos, seja dos atletas, seja da pessoa que esteja praticando os exercícios como forma de cuidar da saúde.

Assim, periodicamente os educadores físicos devem realizar avaliações de acompanhamento, comparando com os resultados anteriores e vendo quais são as dobras que tiveram avanços dentro do esperado e quais necessitam de maior atenção.

A avaliação física também não pode ser feita apenas por meio da medição de dobras cutâneas, testes simples de flexibilidade e frequência cardíaca. É preciso ir além. Algumas práticas que podem ser adicionadas para uma avaliação completa são:

  • ergoespirometria (associação do eletrocardiograma com medidor de consumo de oxigênio);
  • avaliação biomecânica (diagnóstico de execução de movimentos, como avaliação da corrida e marcha, verificando necessidade de correção postural e da pisada);
  • avaliação de equilíbrio muscular (também chamado de teste isocinético, busca avaliar o desequilíbrio de forças entre grupos musculares).

Saber os tipos de dobras cutâneas é fundamental para a execução das atividades de educador físico com consistência e eficácia, conseguindo obter os resultados pretendidos para melhorar saúde e qualidade de vida da pessoa avaliada.

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