Como um curso de fisiologia do exercício pode ajudar sua carreira
É fundamental que o profissional de educação física continue os estudos ao fim da graduação. Uma das melhores maneiras para se atualizar é buscar temas mais específicos, que tratam de aspectos pouco abordados durante a faculdade. Aqui, um exemplo importante é o curso de fisiologia do exercício.
O curso tem como objetivo o estudo do corpo humano e das suas reações ao exercício físico. Dessa forma, um professor que tem conhecimento na área é capaz de desenvolver treinamentos mais especializados e efetivos, que respeitem as complexidades e individualidades das estruturas corporais.
Neste post, você vai conhecer melhor os temas abordados nessa área de estudo e como o curso de fisiologia do exercício pode ser aplicado à rotina do profissional. Confira!
Quais são os focos de estudo do curso de fisiologia do exercício?
Dentro dessa área de estudo, são diversas as disciplinas nas quais o aluno terá a oportunidade de se aprofundar. Confira um resumo das principais:
Cinesiologia do Exercício
A Cinesiologia é a ciência que estuda o movimento do corpo humano. Ou seja, ela analisa como músculos, articulações e ligamentos trabalham para gerar o movimento, levando em consideração todas as forças que incidem sobre esse processo.
É importante que o aluno conheça melhor o funcionamento dessas estruturas, já que ter domínio da movimentação corporal pode ser o diferencial na hora de desenvolver o treinamento para o aluno, minimizando o risco de negligenciar algum grupo muscular durante os exercícios.
Além disso, esse conhecimento também permite a otimização das atividades em alunos com problemas físicos, já que a prática dos exercícios corretos aumenta o cuidado com a saúde corporal.
Fisiologia Neuromuscular
Essa parte da fisiologia estuda a relação entre o sistema nervoso e os músculos na movimentação do corpo humano. A combinação entre esses dois fatores permite a execução correta dos exercícios, sejam eles aeróbicos ou anaeróbicos.
O processo consiste, basicamente, na mensagem enviada do cérebro aos músculos por meio dos neurônios e nervos, permitindo o movimento.
É essencial que esse exercício seja feito corretamente, uma vez que há a possibilidade de doenças neuromusculares serem desenvolvidas pelo estímulo errado aos músculos. Fraqueza e rigidez muscular são alguns exemplos.
Treinamento das Capacidades Físicas
As capacidades físicas são os atributos treináveis no corpo humano. Em outras palavras, são aquelas que podem ser aprimoradas para aumentar o seu desempenho.
Elas são necessárias para realizar qualquer atividade — desde as mais básicas, como andar e sentar, até as mais exigentes, como a prática de esportes. Conheça-as abaixo:
- agilidade: mudar de posição no menor espaço de tempo;
- coordenação motora: executar exercícios de forma coordenada;
- equilibro: sustentar o corpo em uma base;
- flexibilidade: esticar os tecidos corporais sem lesões;
- força: produzir tensão para vencer uma resistência;
- resistência: manter um esforço contínuo sem fadiga;
- velocidade: realizar movimentos de alta intensidade no menor tempo possível.
Essas capacidades podem ser desenvolvidas com os exercícios adequados, mas também são influenciadas por questões hereditárias. Da mesma forma, a falta de estímulo gera limitações nessas competências.
Por isso, é importante conhecer cada uma com precisão para montar o treinamento ideal, dependendo dos objetivos e necessidades do aluno.
Rotas Metabólicas
O metabolismo é o conjunto de reações químicas que ocorre nas células, o que permite a sua reprodução, divisão e manutenção. No corpo humano, existem diversas vias metabólicas, sendo algumas delas responsáveis por gerar energia — como é o caso da glicólise e da fosforilação oxidativa.
Cada via é uma reação com distinta função dentro do organismo. Conhecer as rotas metabólicas é fundamental para o profissional adequar o treinamento ao seu aluno.
O tempo, por exemplo, é um fator incidente na variação das rotas: a fosfocreatina é a principal nos primeiros segundos, gerando um pico de potência nos músculos.
Com o passar do tempo, outras rotas tornam-se prevalecentes. Após alguns minutos de exercício, o metabolismo aeróbio se transforma na principal fonte de energia. Isso explica a diferença de atividades como a musculação, feita em curtos períodos, e as aeróbicas, como a caminhada, que são mais duradouras.
Sendo assim, é imprescindível que o educador saiba dessas especificidades para adequar o treinamento ao tempo e ao número de repetições necessárias.
Por que o profissional de educação física deve fazer esse curso?
Como foi citado anteriormente, um conhecimento mais profundo sobre o corpo humano permite um melhor planejamento dos exercícios. É importante saber o seu funcionamento para maximizar os resultados nos alunos, tanto para aqueles profissionais que trabalham diretamente nas academias quanto para os autônomos.
O curso também é indicado para quem busca uma especialização na área da educação física. Com ele, o profissional será capaz de elaborar programas de treinamento mais completos, o que pode ser um diferencial na busca por um novo emprego ou por uma promoção no atual.
Além disso, o mercado esportivo procura por profissionais com esse tipo de conhecimento. Com o desenvolvimento da tecnologia e o aumento da exigência física dos atletas, é imperativo o uso da fisiologia para evitar lesões musculares e aumentar a produtividade dos jogadores.
Existem cursos de esportes específicos voltados para esse tema?
Além das atividades físicas nas academias, os esportes profissionais também utilizam a fisiologia do exercício como uma disciplina importante. No Brasil, é possível encontrar estudos específicos de cada esporte. Isso não é diferente com o futebol, modalidade mais praticada do país.
Atualmente, os principais clubes do Brasil investem em seu departamento de fisiologia para aperfeiçoar os treinamentos. Com as novas tecnologias, é possível adaptar a carga de trabalho a cada jogador, respeitando as suas individualidades, e analisar a possibilidade de lesões devido ao alto número de partidas disputadas em uma temporada.
O desenvolvimento da fisiologia também contribui para um maior conhecimento das potencialidades do atleta. Com o uso de sistemas de GPS acoplados ao corpo, é possível saber quais ações ele realiza com mais frequência. Há assim a oportunidade de desenvolver a parte técnica do jogador, com exercícios explorando diversas capacidades físicas.
A Unisport Brasil tem um curso de fisiologia do exercício voltado especialmente para o futebol. O seu diferencial é a junção da parte teórica com a prática, além da participação de profissionais renomados no esporte. Ficou interessado? Conheça melhor o curso clicando aqui!